Oh, flor do céu! Oh, flor, cândida e pura!
Confundo-me ao te ver aí, parada.
Não entendo por que em tanta ternura,
Veio tristeza fixar sua morada!
Em ti havia, outrora, alvura.
Que ali, nascia espevitada.
Mas, agora, veio-te amor? Sem cura?
Se foi? Te deixou apaixonada?
Agora te falta misericórdia?
Um golpe, que destrua esta discórdia?
E depois, funesta, a obra da mortalha?
Não, essa tristeza não te dá nada...
Não perca vida, viva sua alma fada.
Não morra de amor. Vença essa batalha!
Vinicius, 2009