Vinicius Expedito

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31/05/2011

Dois elevado ao quadrado! Nove.

A contribuição de Sigmund Freud em todo o pensamento humano, strictu sensu é indiscutível. Independentemente do que estejamos estudando – filosofia, psicologia, psiquiatria – citaremos conclusões, teorias ou empirismos dele. Sua metodologia, segundo ele próprio, se transformou ao longo de seu processo analítico e auto-analítico. Ao pensar em uma perspectiva do consciente dinâmico, há uma atitude descritiva e outra subjetiva em relação ao outro e esse outro é um objeto qualquer.


Freud é dualista, então? Com uma postura concreta, fundamentada, com lisuras de método, Jaspers concluiu que o comportamento é monista. Ou seja, só pode existir uma forma de pensar os fenômenos psíquicos. Como eles de fato são. Como ele de fato se apresenta. E assim já é observacional, descritivo, monista, substancialista, pragmático.

Freud se equivocou feio então? Os fatos podem ser observados com lentes de nuance? De subjetividade?

30/01/2011

Sobre amor e solidão. E para não viver só?

Se considerar certo que solidão é ruim e ódio também, iniciamos com uma boa direção das coisas de amor. Não amar ou não sentir nada pelo objeto provavelmente corresponde a inexistência do objeto. Ter ódio por ele, seria, então, ruim também. Para ambos. Fazendo acreditar que cada um de nós deveríamos viver sós.

Claro que não! A boa direção é que, se amamo-nos e podemos amar alguém, amamos. Se dermos a nossa trajetória afetiva um caráter e natureza positiva, vivemos amores. Amar tem que fazer bem. Se não amamos ou se estamos sozinhos em solidão, odiando, perdemos. Amemo-nos!

amor e solidão; incompletude

...
quem seria eu para descrever ou escrever sobre um tema tão complicado? Solidão, incompletude?

Melanie Klein fala sobre o útero. Descreve a dialética da incompletude. Que tal tentarmos entender? Ao entender dialética da incompletude poderíamos ler completude.


Completude e útero, falou a iminente psicanalista. Se no útero temos TUDO o que nos é necessário, respondemos: somos completos. Então, a ruptura do cordão umbilical seria o início vivencial da incompletude. Caraca. Complicado!

A brilhante conclusão dela foi a relação entre amor e incompletude. Melhor, entre solidão e incompletude. Onde e quando o objeto psíquico falta, estamos sós? Provavelmente. Caraca de novo. Se no útero somos completos e quando nascemos, rompemos o cordão umbilical, quando rompemos o cordão passamos a viver incompletos. O vínculo, criado pelo umbigo é materno, único. Será que aí conceberíamos a solidão? Sim.

Se nos perguntarmos, "podemos matar por amor?" Eu diria qque não. O ato de "matar" provocaria a inexistência, ou a irrealidade do objeto do amor. Estamos sós daquele objeto, daquela pessoa. Amor e ódio são opostos? Pra mim, sim. Então, para vivermos "completos" temos que nos apegar às coisas que nós próprios podemos. Amor, filhos, trabalho, sonhos. Destruir a existência de quaisquer desses é incompletar. É viver menos bem. Emburrecer? Completemo-nos.

Renata Feldman

Renata Feldman criou esse blog. Não só ele, como também muitas das formas que eu tenho usado para me comunicar no planeta web. twitter, facebook, badoo, etc, os quais eu ainda uso uma pequena parte racional. Foi sugestão dela para meu, poderíamos talvez falar, marketing. Louvo-a e louvo tudo o que houver nessa rede para nós. Para nos comunicarmos. Nesse planeta casa, nesse planeta Brasil, et cetera e tal. Oxalá!

28/01/2011

Sobre amor e solidão. E se o fim for hoje?

A solidão tem um aspecto de vácuo do amor. Ao se pensar em amar, temos um objeto. Se esse objeto falta ou está longe, ele provoca um sentimento ruim. É natural que a saudade e a despedida provoquem emoções ruins... Há os que sabemos que se foram e não voltarão...

Sobre amor e solidão. De mãe.

Nos seus primeiros estudos, Freud já chegou a grandes conclusões do que se tornou sua eminente psicologia. Conseguiu separar, com certeza razoável, aspectos racionais que podiam diferenciar os amores da alma, do corpo, do pensamento, do tempo... Isso parecia concluir que determinado sentimento derivava e era lembrado e representado por nós pelo seu caráter principal. Onde acontecia, com quem acontecia. Se tinha para nós correspondências com uma determinada pessoa, momento, se era mais corporal ou psicológico.
Isso, para esse tosco psiquiatra que escreve, dá ao amor e já diretamente, um aspecto enorme. Por vezes perpassando nossos sentidos, pessoas, lembranças. Assim, embora a palavra, para mim, seja a mesma, poderíamos falar de: amor de irmão, de mãe, de pai, de time, de religião. Por um semelhante como cada um correspondendo a poros "principais" do nosso sentimento de amor.
Amor de mãe, para John Bowlby, por exemplo teria um aspecto de vínculo, por termos nascido de uma estrutura - o cordão umbilical - englobada e alimentada pela mãe.
Outros "amores" teriam aspectos menores para Bowlby e são por ele chamados de apego. Assim, por irmãos, pais, amigos, companheiros, temos aspectos imensos do amor, diferenciável do amor de mãe pelo aspecto vinculativo do dela.