Vinicius Expedito

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02/12/2015

Linguística e línguas - COLUNI 20 anos DEPOIS

"Minecraft, Outback, Dragon Ball Z, Master Chef, Weimeraner, Pitbull, Miami, Real Marid, Sport, Bahia, moutain bike."
       Dr. Vinicius,      
       "a minha menininha do meio tá repetindo o que o irmão mais velho faz, no caderninho dela e na aula também... Fica falando os sons e cantando..." O que eu faço?
        - Nada. Se isso não estiver atrapalhando a aula dela, nada! Se tiver, apenas converse, geralmente é uma questão de repetir o comportamento simplesmente, e isso vai parar. O melhor de tudo é que está ocorrendo aquele fenômeno de poda: num dia ela sabe o que é Sport, no outro aprende a palavra esporte na aula e memoriza, semanticamente "ESPORTE". É o que importa. 
        Mesmo que ainda não estejam na escola de inglês, que ainda não sejam alfabetizados sequer ou, ainda que apenas vejam televisão ou ouçam seus irmãos maiores conversar, nossos pequerruchos já lidam com palavras de outro idioma o tempo todo! Isto é aquisicão do nosso arsenal de vivências através de um sem número de formas. 
        Os nada rapazes de 11 anos - inclusive Vinicius Augusto - são capazes de escrever e falar bem uma frase em outro idioma! Nosso menorzinho de 1 e meio pode ouvir essas palavras em várias línguas, em vários canais de outros países e, se o som não faz sentido agora é certo que poderá ou não fazer depois. Estará aí ainda na nossa memória numa área neuronal que não sofreu poda. O uso dessas informações dependerá de para quê nos treinamos... Se nossa profissão exigir o uso de várias línguas, decerto deverá compor de maneira forte nossa cultura, nosso conhecimento, nossa capacidade profissional e daí em diante.
        Aquela história do diplomata... se o objetivo da criança e do adulto foi ou será construir uma carreira diplomática, ele pode começar em qualquer profissão e se dedicar a cultura como um todo, ou seja toda forma de adquirir e executar o conhecimento é bem-vinda. As línguas ocupam um lugar primordial então.
       Uma experiência clínica importante, na verdade, um problema grave, é de uma brasileira, não descedente de estrangeiros que foi "escolarizada" na Cultura Americana e Espanhola ao receber 2 idiomas muito precocemente. O prejuízo afetivo dela foi muito grande e exigiu tratamento. Teve muita dificuldade de fazer amigas brasileiras. Ficou muito tempo fazendo cursos fora do país. Tinha crise de pânico quando viajava para fora do Brasil nas viagens de volta.

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