Vinicius Expedito

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30/01/2011

amor e solidão; incompletude

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quem seria eu para descrever ou escrever sobre um tema tão complicado? Solidão, incompletude?

Melanie Klein fala sobre o útero. Descreve a dialética da incompletude. Que tal tentarmos entender? Ao entender dialética da incompletude poderíamos ler completude.


Completude e útero, falou a iminente psicanalista. Se no útero temos TUDO o que nos é necessário, respondemos: somos completos. Então, a ruptura do cordão umbilical seria o início vivencial da incompletude. Caraca. Complicado!

A brilhante conclusão dela foi a relação entre amor e incompletude. Melhor, entre solidão e incompletude. Onde e quando o objeto psíquico falta, estamos sós? Provavelmente. Caraca de novo. Se no útero somos completos e quando nascemos, rompemos o cordão umbilical, quando rompemos o cordão passamos a viver incompletos. O vínculo, criado pelo umbigo é materno, único. Será que aí conceberíamos a solidão? Sim.

Se nos perguntarmos, "podemos matar por amor?" Eu diria qque não. O ato de "matar" provocaria a inexistência, ou a irrealidade do objeto do amor. Estamos sós daquele objeto, daquela pessoa. Amor e ódio são opostos? Pra mim, sim. Então, para vivermos "completos" temos que nos apegar às coisas que nós próprios podemos. Amor, filhos, trabalho, sonhos. Destruir a existência de quaisquer desses é incompletar. É viver menos bem. Emburrecer? Completemo-nos.

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