Vinicius Expedito

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31/01/2010

memória 2...

Em uma analogia bem simples o memorizar pode ser entendido como o funcionamento e o armazenamento da memória no computador. Óbvio que guardadas proporções, complexidade, velocidade, etc. No cérebro e no sistema nervoso como um todo, as vivências, as experiências, os significados são transformados em impulsos e proteínas que servem de memória, são movimentados entre uma região e outra, fixados e são gerenciados o tempo todo. Essa analogia é simples porque o computador é meramente um imitador disso.



Para facilitar o entendimento da memória, vamos dividi-la entre uma curta, que dura de poucos segundos a minutos, a uma memória chamada longa ou duradoura que geralmente persiste. Fisiologicamente, a diferença básica entre as duas, é que a memória curta ocorre especialmente através de modificações elétricas e incrementos da liberação de neurotransmissores em sinapses já formadas; a memória longa se baseia em criações de novas sinapses, aumento da interação entre neurônios pelo crescimento neuronal, produção de proteínas e outras alterações mais duradouras. Essas duas formas de memória são um exemplo da chamada plasticidade neuronal, em que os neurônios alteram sua forma e funcionamento para produzir memória.

Vamos complicar um pouco mais... rsrs Aliás, tentar descomplicar...

Quero me deter na plasticidade. Muito tem sido estudado sobre plasticidade de neurônios através do modelo de um molusco marinho de nome científico Aplysia californica.


Aplysia californica


A Aplysia habita as águas do Golfo do México e pode medir até 75 cm. Está especialmente presente no estudo de neurosciências devido ao seu sistema nervoso simples. Possui um número reduzido de neurônios fáceis de identificar, grandes, e muito úteis ao estudo da memória. A memória da aplisia é considerada um modelo: esse molusco tem capacidade de memorizar de várias formas, que podemos chamar de sensibilização, habituação e condicionamento clássico e operativo. A sensibilização e a habituação podem ser entendidos, por exemplo, ao se sensibilizar a aplisia com estímulos táteis em neurônios da pele que memorizam esses estímulos e se habituam a provocar um reflexo de fechamento mais rápido de suas guelras e de seu sifão. Esse é um reflexo defensivo, aprendido e aperfeiçoado pela memória.

Ainda espero estar descomplicando a memória! Prometo um próximo post mais leve... rsrs Fiquem à vontade para fazer perguntas... se eu puder explicar.. rsrsr

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