Meus te fitam. Sem poder mirar-te. Sem poder te alcançar.
O Sol também no céu, a se mexer, a te querer, sem poder de lá se libertar.
Tal como eu: preso padeço da dor que me pune a te esperar!
Estaco-me na condição de viver sem ti. Com vontade de te amar.
Meus braços te tocam, sem sentir o calor do teu corpo exalar.
E me caem, braços frágeis, ao remir.
E a mente que outrora se alegrava, notei que agora em ti pensava,
sem, contudo, de ti poder falar.
(Vinicius Expedito, 1995)
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