Vinicius Expedito

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01/12/2015

As dúvidas de Poliane Alfenas Coluni 20 Anos Depois

No encontro de 10 anos da nossa turma, eu quase quase psiquiatra, no célebre anfiteatro que nos ensinou, testemunhei que a maior característica do COLUNI era ser de concreto. DEZ anos depois rsrs , ou seja, perto do encontro de VINTE ANOS, minha grande amiga Poliane Alfenas me pergunta e sugere um tema pro blog... 
"quando eu devo matricular meus filhos nas escolinhas?" (inglês, judô, música, outras linguas...?) 
E olha que pergunta pertinente?! Ela tem três?! 😳😳😳

As atividades infantis, principalmente nos primeiros 6 anos "logo depois do útero", devem ser sobretudo prazerosas, já que no útero são prazerosas o tempo todo. A partir dos primeiros momentos após o nascimento, do ponto de vista neuronal, a criança sofre um processo de "poda", em que conexões que não serão utilizadas durante a vida, simplesmente desaparecem. Esse processo é natural, não pode ser influenciado, e se não ocorre corretamente, decorre o retardo mental. Do ponto de vista afetivo, começamos a entender o tema de Poliane. 

O aprendizado prazeroso, cordial, com um grau de liberdade satisfatório para a criança, vezes lembrando o útero, mas se apegando ao mundo real. Vou explicar, exemplificando com o aprendizado de línguas.

Há pelo menos uma década neuroscientistas sabem bem que o aprendizado de linguas pode ser falicitado já a partir de poucos meses de idade. A memorização, entendimento, escrita de outras línguas é muito mais fácil quando se conhece os sons e palavras de outra e assim por diante... A escuta de língua(s) ocorre a partir dos seis meses de idade. A orientação que eu dou na minha clínica é para deixar o bebê por cerca de 30 minutos em dias alternados, de costas para a tv (para não receber luz) em canais estrangeiros. A programação musical é a de preferência. Bom. Estamos falando de um aprendizado inicial, em casa, certo? 

Quanto à escola de línguas, a minha sugestão é a seguinte: se a criança estuda em uma escola de boa qualidade, de tradição, ofereça outro curso, sempre tendo o critério do prazer, não necessariamente de uma segunda língua. Pode ser luta, outro esporte, etc. O critério da segunda língua é se ele sabe bem português. Não vamos pensar também que porque ele aprendeu inglês e espanhol sem sotaque pode ir pro Instituto Rio Branco e Itamarati. Pra ser diplomata podem faltar outras qualidades....


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